segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Sa-da-mê

Sim, eu sumi com um post daqui.
Não que eu o tenha deletado, apenas estou reescrevendo-o agora (que não será mais agora quando vocês estiverem lendo... ah, vcs entenderam).

(...)

Segunda-feira percebi que a idéia de "voltar pra casa" pra mim significa aceitar que "o dia está acabando". É como se eu já não tivesse mais nada pra viver e estivesse me preparando para o próximo dia. O que é um absurdo, vejam só: são 04h10 da manhã e eu cheguei em casa antes das 23!

E eu não queria voltar pra casa. Meu dia não podia acabar assim, tão rapidamente! Ainda eram 17h30 e todos os meus deveres do dia haviam sido cumpridos. Não havia, de fato, mais o que fazer.
Pensei em ligar pra ele. Fiquei com preguiça. Depois, esqueci. E, já no Circular, pensei "ah, eu devia ter ligado! estou com tantas saudades!".

E, vejam só, quem sobe no ponto do H.U? Ele!
Deixei de lado a vergonha que não tenho e gritei: "Rodrigo! Rodrigo!".
Ele se virou, e disse: "Bruno, que bom te ver! Você não sabe, mas pensei em te ligar hoje, mas achei que vc estivesse em sua cidade por causa da semana da pátria!".
Coincidência? Imagina!
Depois de um pouco de papo, descobri que ele havia DESCIDO no ponto do hospital - é o mais próximo a sua casa - e resolveu voltar pro ônibus pois queria matar tempo na faculdade. E, só por causa dessa sua mudança de planos, acabamos nos encontrando. Foi obra do destino, tenho certeza.
Dr. Destino

Não, não acredito que esse vilão do Universo Marvel tenha sido responsável por isso. Aliás, por incrível que pareça, eu nunca li nada dele. Sei que ele sofreu um acidente e que era colega do chatíssimo Dr. Reed Richards (aquele, do quarteto babaca). E só.

Bom, voltando ao que interessa... dentre tantas opções possíveis (ir ao bandejão/passear em algum canto), resolvemos andar sem rumo na Paulista. Assistimos um filme no HSBC (Princesa - bem legal aliás) e depois, passeamos mais na minha querida, amada e idolatrada (salve salve!) avenida.

Conversamos, colocamos muita coisa pra fora, rimos, vimos a maldita fonte desligada, marcamos várias coisas que precisamos fazer (de games bizarros a noites na praça do relógio), enfim, tivemos um passeio de sábado em plena segunda-feira.

E tudo isso porque o Destino (não o doutor!) resolveu teimar conosco e, pra se divertir um pouquinho, fez que nossos caminhos se cruzassem NOVAMENTE.

E sabe o que é o pior disso tudo?

É que eu ODEIO essa idéia de destino. Me dá uma sensação de que eu não tenho controle sobre a minha vida, que estou sendo um fantoche nas mãos de um ser superior.
Essa coisa de "O Futuro já está definido" me enoja!

Mas, hoje, e apenas hoje, não vou pensar nisso.

Vou apenas agradecer.

Por ter colocado pessoas tão maravilhosas na minha vida. Ah, sim, estou cercado por tantas e tantas e tantas e cada vez conheço mais e mais que, paro pra pensar: será que eu mereço isso tudo? =D

[O mais engraçado é eu ter esse tipo de questionamento depois de postar uma musica tão triste e tão "eu não recebo nada da vida" como "Tudo vai ficar bem", que tá 2 posts abaixo desse]

E por ele ter salvado a minha até então endediante segunda-feira.

Obrigado! =D

5 comentários:

Anônimo disse...

Bruno, meu amigo, postei no meu blog um texto sobre preconceito ontem. E hoje, lendo você, tive ainda mais certeza que todos nós temos um cadinho maldito de preconceito incrustado dentro da gente. Não esperava que um cara da matemática pudesse escrever tão bem a ponto de tocar a gente de um jeito meio maluco. Quando você me disse que tinha feito um blog confesso que não esperava que você pudesse escrever coisas legais (afinal você é das Exatas!) e agora vejo, feliz, que quebrei a cara.

Danielle Lima disse...

Prefiro crer na inexistência do destino. A vida é conseqüencia de nossas ações...

Reconfortante, não?

=**

Sol disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Sol disse...

Nem me fale em destino! Como eu odeio essa palavra! Pra mim, ela não tem sentido. As coisas não estão prontas no universo antes de serem feitas, o tempo existe, ora! Enfim, desculpe o mal jeito, mas essa palavra me dá arrepios...

Bem, entretanto, aí vem outra coisa: as ações... Mas não as ações orientadas, planejadas prum único fim, não a nossa vontade de que seja tudo como queremos, imaginamos e traçamos estratégias para q então dê certo. Não. Isso só funciona com nossos produtos e tendemos a achar q funcionaria com a gente tb! Mas não! Funciona até certo ponto com matemática prever um resultado de equação, de lógica, com um texto funciona prever o fim de uma história ficcional ou antever a conclusão de alguns argumentos. Sim, sim... Com essas coisas que produzimos, ora sim, ora talvez, funciona ter um plano...

Mas com as ações das pessoas? Ah, isso não dá... É mais fácil saber o que pensam do que como agirão...

E agindo cada uma por si só, em seu mundo, sem saber o que virá pela frente, as pessoas acabam se encontrando...

Não é o destino, é o acaso...

As pessoas se topam por aí não pq deus quis, mas pq estão no mundo, se movimentam e ora ou outra vão acaber se topando. Isso é acaso...

O acaso me trouxe meu Fabio... E se tenho esse acaso feliz a meu favor, não consigo deixar de pensar por qtos acasos infelizes passei antes, me lamentando por não ser dona da minha própria vida e não ser capaz de construir sozinha um encontro feliz com alguém, um planejamento, uma estratégia... Tive q depender do acaso... Mas se o acaso não viesse?

Por mais sortuda q eu tenha sido nesse jogo do acaso, nesse ir e vir que faz as pessoas toparem comas outras, se conhecerem... Ainda assim: eu tb odeio o acaso!

Unknown disse...

Talvez seja o destino, ou até quem sabe o acaso. Eu, nas minhas próprias conclusões só sei que há coisas inesplicáveis que não acontecem todos os dias. Aquele dia você me salvou, do fundo das profundezas e pôs um sorriso no meu rosto. E eu não sei nem o que dizer, se foi o destino, ou se foi o acaso, eu só sei de verdade que eu ganhei uma mão justamente no momento que eu tropecei e você não me deixou ao menos cair no chão. Impressionante. Eu diria fantástico. Outros diram coincidências, acaso e até mesmo destino. Obrigado Bru por tudo que vc escreveu. Fantástico, simples assim.