quarta-feira, 19 de setembro de 2007

A guerra contra o preconceito

Shun, o Cavaleiro "Cor-de-rosa" que eu sempre odiei por ser "viadinho"

Esses dias andei refletindo muito sobre o post da Mel que fala sobre preconceito... e hoje, conversei muito com um amigo sobre o quanto eu sou preconceituoso.
Contei a ele que, esses dias na faculdade, estava com uma amiga conversando sobre os gays do IME e o quanto as pessoas sabiam ou não de mim.
É fato que depois de um tempo, liguei o foda-se grandão lá e parei de "me esconder". Apesar de que , as vezes, eu acabo falando que estou afim de "uma pessoa" e não de "um cara" só pra não causar polêmica.

Mas eu fiquei bem surpreso quando ela me disse que algumas pessoas tinham certeza que eu sou gay, mesmo eu nunca ter dito e ninguém nunca ter confirmado, por causa do meu jeito.
Oras, eu sei que não sou o homem mais macho do mundo.
Eu sei que eu falo "Ahazou!" (sim, com "h" e "z" pq assim é mais LUSHO, viu!), sei que desmunheco pra caralho, que minha voz é fina, que eu ando pulando, que eu sou super empolgado... tenho plena consciência de tudo isso.
Mas eu me senti OFENDIDO quando ela disse que eu sou efeminado.
E aí eu realmente me dei conta: eu sou MUITO preconceituoso!
Antigamente, eu tinha vergonha de andar com meus amigos q são mais "felizes", digamos assim.
Hoje em dia, saio com eles pra qualquer lugar. Mas, ainda sim, teria vergonha de apresentá-los a minha mãe.
Bizarro, não?
Hipócrita. Hipócrita. HIPÓCRITA.
Eu passo horas em foruns discutindo e repreendendo o preconceito e eu não consigo acabar com o meu próprio!
E, vejam só: o meu preconceito é contra o que eu sou!
E não que o fato de eu ser efeminado esteja diretamente ligado com o fato de eu ser gay: mas é que, mesmo eu gritando aos quatro cantos que ao contrário da Ana Carolina eu gosto É DE HOMEM, ter trejeitos femininos é algo que eu nunca quis pra mim.
O pior de tudo é saber que não sou só eu que penso assim. Na verdade, a grande maioria dos gays que eu conheci já soltou um comentário do tipo "nossa, mas aquele cara lá é mto bichinha, credo".
E fica difícil, lutar por direitos e exigir respeito, quando nós mesmos não nos respeitamos...


segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Keep Tryin´

Será que é a vida que gosta de bater na gente com força ou eu que sou um alvo ambulante?

Apesar do trabalho, meu sábado foi maravilhoso.
Vi pessoas q eu amo, que me deram os abraços mais bonitos do mundo.
Fomos pra Bubu Lounge. Finalmente conheci lá! (Obrigado Juca, te devo essa)
Bebi 7 Skol Beats - o que pra mim é coisa pra caralho, dado que eu não bebo muito.
Ou seja: pirei o cabeção!

Dancei pra caralho, ri, me diverti horrores e ainda fiz a seguinte pergunta pra uma mulher de 1.90m:
"Vc é uma mulher ou um travesti?"
Definitivamente, meu superego tirou férias nesse dia.
Na verdade estou envergonhado por ter perguntado isso, mas é engraçado imaginar o QUÃO sem noção eu fui. Ah, e sim, era uma mulher mesmo =P

No domingo, encarei a fila das inscrições da Fuvest com o Dan.
Os mocinhos do Etapa disseram q eu tinha cara de quem ia prestar Poli.

Blergh.

Depois, fui ao Video Games Live.
Pra quem não sabe, o VGL é um concerto com as grandes musicas do mundos dos games.
A orquestra sinfônica da Petrobrás pode ser bem mais ou menos, mas não tirou o brilho das apresentações: foi lindo ver todas aquelas musicas que eu sempre amei e as pessoas sempre desprezaram serem tratadas com o respeito que eu sempre quis.

Eu nem preciso dizer que chorei horrores no concerto.
Houveram momentos em que eu realmente desabei de tanto chorar.
Foi tão emocionante, tão emocionante, que vocês possivelmente jamais conseguiriam entender.
Sério. Ver aquele pianista doido tocando "At Zanarkand" e "Aerith´s Theme" em seqüência foi a coisa mais linda que eu já vi na minha vida.
*Estou lacrimejando só de lembrar*

Enfim, Segunda-Feira.
Comecei o psicologo. Finalmente, né? To enrolando desde... 2003, acho [que foi a primeira vez q eu decidi procurar ajuda]
E eu fui super animado lá, desembestei a falar (como se isso fosse raro)...
Cheguei chegando, com temas espinhosos e tudo mais.
Sabe, eu quero ajuda. Eu quero melhorar. Eu quero mudar.
Não adianta nada eu ir lá e fazer cu doce.

E aí, o 1o choque: há certas coisas que eu sempre acreditei estarem bem resolvidas em mim e elas não estão nada resolvidas.
Estou com frases que me magoaram ecoando na minha cabeça o dia inteiro, e se quando eu saí de lá eu ainda estava bem, mas com o passar do dia eu comecei a ficar cada vez pior e mais melancólico.

E, pra piorar a situação, tive uma pequena "decepçãozona" (pra mim isso faz todo sentido).
Sabe, a razão diz uma coisa. A emoção diz outra. E o resultado?
Um dia triste, muito triste.
Hoje chorei tanto que achei que fossem me faltra lagrimas.

Sabe, tudo isso me fez muito mal.
Mas eu vou continuar com isso até o fim. Eu não vou desistir, não vou.
É a velha história: pra construir, tem que destruir antes. E eu aceito ter esses dias de merda se isso for realmente me ajudar no futuro.
Como disse anteriormente, eu quero mudar, eu quero melhorar e vou fazer o que for preciso pra isso.
Mas, isso não quer dizer que é facil fazer né?

Todo caso, fica a minha musica de auto-ajuda registrada no post de hoje.
Eu [b]AMO[/b] essa musica. Assim, incondicionalmente.
Aqueles que ainda não foram forçados a assistir por mim (hahaha), por favor, assistam. Por mim.
Tem legenda (meio podre, mas da pra pegar a idéia da musica).

Mas, antes, uma parte que é a minha inspiração atual:

[i]Quantas vezes eu já perdi as esperanças de maneira estupida?
Não há barreiras pra mim
Por isso que continuo tentando![/i]

E é isso, eu vou continuar tentando! =~

Com vocês, Keep Tryin´, da Utada Hikaru:

domingo, 9 de setembro de 2007

Agite antes de consumir

15 minutos de banho gasta por volta de 135 l de água. Coisa pra caralho né?
Eu devia me preocupar mais com essas questões ambientais, mas é que... um dos maiores prazeres da minha vida é tomar banho. Sério. Eu AMO ficar pensando na vida com a água caindo sobre mim.
E ontem, durante um dos meus demorados banhos (oh, plz, nao me matem) estava escovando os dentes quando resolvi ler o que estava escrito atrás da embalagem.

Instruções de uso: Escove os dentes 3 vezes aos dias, sempre após as refeições.

A primeira frase foi suficiente pra me desestabilizar emocionalmente.
Em primeiro lugar, porque essa instrução vai contra aquela que me ensinaram que é a dieta "ideal": a de comer 6 vezes ao dia. E tem também as duas escovadas que a Xuxa me ensinou: aquela antes de dormir e a depois de levantar.

Entrei em pânico: meus dentes se desgastarão por excesso de escovadas? a dieta ideal não é tão ideal assim? a Xuxa estava errada?

Oh, céus. É dificil questionar tantas informações científicas assim num banho só.

quarta-feira, 5 de setembro de 2007

E apesar de ser difícil...

Eu vou me esforçar muuuuuuuuuuuuuuuuito pra aprender!

Todos sabem que eu adoro muita coisa que vem do Japão. E que, um dia, eu ainda conseguirei aprender a falar a língua do arigatô.
Mas eu detesto essa gente retardada que queima totalmente o nosso filme.
Sério, eu adoro ir em evento, adoro ver cosplay (até julgava!) mas eu tinha muita vergonha de muita coisa q eu via. Gente retardada dos infernos.

Então, já que elas existem, porque não se divertir com elas?
Vejam o vídeo. É uma menina brasileira indo aprender japonês lá na terra do sol nascente.
É deprimente, porque, porque, PORQUE alguém vai a uma sala de aula com orelhas de coelhinhos?

Argh!



PS: Aproventando o post oriental, vou explicar o título do post anterior.
Sadame é "Destino", em japonês. ;-)

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Sa-da-mê

Sim, eu sumi com um post daqui.
Não que eu o tenha deletado, apenas estou reescrevendo-o agora (que não será mais agora quando vocês estiverem lendo... ah, vcs entenderam).

(...)

Segunda-feira percebi que a idéia de "voltar pra casa" pra mim significa aceitar que "o dia está acabando". É como se eu já não tivesse mais nada pra viver e estivesse me preparando para o próximo dia. O que é um absurdo, vejam só: são 04h10 da manhã e eu cheguei em casa antes das 23!

E eu não queria voltar pra casa. Meu dia não podia acabar assim, tão rapidamente! Ainda eram 17h30 e todos os meus deveres do dia haviam sido cumpridos. Não havia, de fato, mais o que fazer.
Pensei em ligar pra ele. Fiquei com preguiça. Depois, esqueci. E, já no Circular, pensei "ah, eu devia ter ligado! estou com tantas saudades!".

E, vejam só, quem sobe no ponto do H.U? Ele!
Deixei de lado a vergonha que não tenho e gritei: "Rodrigo! Rodrigo!".
Ele se virou, e disse: "Bruno, que bom te ver! Você não sabe, mas pensei em te ligar hoje, mas achei que vc estivesse em sua cidade por causa da semana da pátria!".
Coincidência? Imagina!
Depois de um pouco de papo, descobri que ele havia DESCIDO no ponto do hospital - é o mais próximo a sua casa - e resolveu voltar pro ônibus pois queria matar tempo na faculdade. E, só por causa dessa sua mudança de planos, acabamos nos encontrando. Foi obra do destino, tenho certeza.
Dr. Destino

Não, não acredito que esse vilão do Universo Marvel tenha sido responsável por isso. Aliás, por incrível que pareça, eu nunca li nada dele. Sei que ele sofreu um acidente e que era colega do chatíssimo Dr. Reed Richards (aquele, do quarteto babaca). E só.

Bom, voltando ao que interessa... dentre tantas opções possíveis (ir ao bandejão/passear em algum canto), resolvemos andar sem rumo na Paulista. Assistimos um filme no HSBC (Princesa - bem legal aliás) e depois, passeamos mais na minha querida, amada e idolatrada (salve salve!) avenida.

Conversamos, colocamos muita coisa pra fora, rimos, vimos a maldita fonte desligada, marcamos várias coisas que precisamos fazer (de games bizarros a noites na praça do relógio), enfim, tivemos um passeio de sábado em plena segunda-feira.

E tudo isso porque o Destino (não o doutor!) resolveu teimar conosco e, pra se divertir um pouquinho, fez que nossos caminhos se cruzassem NOVAMENTE.

E sabe o que é o pior disso tudo?

É que eu ODEIO essa idéia de destino. Me dá uma sensação de que eu não tenho controle sobre a minha vida, que estou sendo um fantoche nas mãos de um ser superior.
Essa coisa de "O Futuro já está definido" me enoja!

Mas, hoje, e apenas hoje, não vou pensar nisso.

Vou apenas agradecer.

Por ter colocado pessoas tão maravilhosas na minha vida. Ah, sim, estou cercado por tantas e tantas e tantas e cada vez conheço mais e mais que, paro pra pensar: será que eu mereço isso tudo? =D

[O mais engraçado é eu ter esse tipo de questionamento depois de postar uma musica tão triste e tão "eu não recebo nada da vida" como "Tudo vai ficar bem", que tá 2 posts abaixo desse]

E por ele ter salvado a minha até então endediante segunda-feira.

Obrigado! =D

sábado, 18 de agosto de 2007

A Família Office e o filho bastardo

Tenho a absoluta certeza de que você já usou alguma vez algum programa do Micro$oft Office.

Já digitou um trabalho da faculdade no Word, fez uma planília de gastos no Excel, viu aquelas mensagens irritantes que chegam por e-mail dizendo que Jesus te ama no Power Point e por aí vai.

O que muita gente não sabe é que esses programas NÃO VEM com o Windows.

Então, vamos por partes:

O Windows é um Sistema Operacional. A sua função é [b]facilitar[/b] a comunicação entre o usuário e o computador. É uma interface gráfica que poupa o usuário de digitar os comandos e configurações, sendo tudo bonitinho e acessível aos clicks do mouse.

Pois bem. A Micro$oft fez uma "família" de programas com ferramentas úteis em escritórios, chamado OFFICE. Todos esses programas possuem menus bem parecidos e funções similares, o que facilita muito o aprendizado.

O grande problema desse pacote é o preço. Claro que nós, brasileiros, nunca pagamos por softwares originais hahahaa. Mas, apenas pra vocês terem noção, o Office 2007 está custando R$ 999,99 na americanas.com.

Felizmente, um grupo de pessoas muito legais e bacanas que defendem o Software Livre (de graça) resolveram fazer a versão DELES dessas ferramentas de escritório e, assim, nasceu o OPEN Office (Open vindo de Open Source, ou, código aberto... que significa que qualquer um pode entender o que estão fazendo na programação e sugerir alterações... é um trabalho comunitário!).

E finalmente chegou onde eu gostaria de cehgar: durante essa semana a Microsoft está fazendo uma super promoção vendendo o Office por apenas R$ 159,00 (ou algo parecido) na USP!

UAU! Super barato, hein?
Parece até piada, vender um software desses no BANDEJÃO.
Mas, tive uma grata surpresa na quinta-feira: uns carinhas sensacionais montaram uma barraquinha do BrOffice (a versão brasileira do Open Office) EM FRENTE a barraca da M$! E ficaram lá, vendendo a preço de custo (acho que era no máximo, R$ 2,00) o BrOffice!

Claro que que o pacote da Microsoft tem algumas vantagens, mesmo porque tem uma equipe gigantesca trabalhando nele - e RECEBENDO POR ISSO. Mas, para o usuário comum que não faz análises estátisticas realmente complicadas - como eu ou você - isso não faz a MENOR diferença.

Achei SENSACIONAL a idéia deles. Eles estão lá, distribuindo um software gratuito, de forma LEGAL e ainda enfrentando aqueles quiosques todo chiquetoso da empresa do Tio Bill. Com muito deboche na cara.

Me senti na OBRIGAÇÃO de conversar com eles e parabenizá-los pela iniciativa.

Só espero que a Universidade comece a utilizar o Open Office logo. Não faz o menor sentido gastar milhões em software se temos algo que funciona - e muito bem! - de graça, esperando apenas para ser instalado. =D

quarta-feira, 15 de agosto de 2007

Sei que tudo vai ficar bem...

Só não sei se vou ficar também.

Eu sei, é meio emo. Mas é uma musica nova do Pato Fu.
Eu me identifico com ela de alguma forma.
Mas tenho medo de ser prepotente. Na música, o eu lírico é, de fato, uma pessoa muito boa que só se fode. E a certeza que eu tenho é que eu sou uma pessoa que só se fode.
Mas a culpa é toda minha mesmo.
Eu tenho que parar... de tirar meu coração e entregar pras pessoas assim, de bandeja.
A culpa é toda minha, sempre minha, e somente minha.
E eu tenho noção disso.

Mas eu também tenho noção de que coca-cola faz mal.

E agora, com vocês, "Tudo Vai Ficar Bem", do Pato Fu:

Sei que tudo vai ficar bem
Só não sei se vou ficar também

Eu faço tanta coisa
Pro mundo melhorar
Eu faço de um tudo
Que posso pra ajudar

Eu distribuo amor
Eu curo solidão
Mas peço por favor
Alguém me dê a mão

Sé que todo va a estar bien
Lo qué no sé es se sobreviviré
Sé que todo va a estar bien
Lo qué no sé es se yo me salvaré

Estoy comprometida
El mundo hay que cambiar
Y en esta corta vida
El verbo es ayudar

Yo distribuyo amor
Con toda soledá
Y pido por favor
Que mi tengan piedad

A vida da trabalho
Se lo digo señor
Eu digo pra senhora
La muerte es un horror

Eu luto só por paz
Ajudo meu irmão
Mas sinto que o destino
Quer me jogar no chão

Sé que todo va a estar bien
Lo qué no sé es se sobreviviré
Sé que todo va a estar bien
Lo qué no sé es se yo me salvaré

Sei que tudo vai ficar bem
Só não sei se vou ficar também